Em uma carta escrita ao Concelho de Segurança da ONU, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que o Hamas "arcará com os resultados" do seu ataque.
"O Estado de Israel agirá de todas as formas necessárias para proteger os seus cidadãos e a sua soberania dos ataques terroristas em curso originados na Faixa de Gaza e realizados pelo Hamas e outras organizações terroristas", escreveu Erdan no documento revisado pela Reuters.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que "nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu, estamos em uma guerra e vamos vencê-la".
O premiê também informou este sábado ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que o ataque do Hamas ao território israelita será respondido com medidas "prolongadas e poderosas", noticiou a Europa Press.
Biden telefonou a Netanyahu para sublinhar que os Washington está "com Israel" e "apoia totalmente o seu direito" à "autodefesa", na sequência de um ataque surpresa por terra, mar e ar a partir de Gaza pelo Hamas.
"Os Estados Unidos estão ao lado de Israel. Jamais daremos as costas ao seu povo. Asseguramos que daremos o apoio que os cidadãos precisam", disse.
O primeiro-ministro israelita agradeceu a Biden pelo seu "apoio incondicional", reiterando ao presidente norte-americano que é necessária uma campanha poderosa e prolongada, da qual Israel sairá vencedor".
Netanyahu também falou com o presidente francês, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que expressaram o seu "total apoio ao direito de Israel a defender-se", adiantou o gabinete do primeiro-ministro israelense em comunicado.
Segundo a mídia, esse foi o pior ataque a Israel em décadas desencadeou uma guerra que ambos os lados prometeram intensificar. Desde 1973 o Hamas não lançava uma operação tão forte.
Pelo menos 200 israelenses foram mortos e 1.100 feridos em tiroteios ocorridos em mais de 20 locais dentro de Israel. Em Gaza, as autoridades de saúde relataram mais de 230 pessoas mortas e 1.600 feridas, escreve a agência britânica.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse que o ataque iniciado em Gaza se espalharia pela Cisjordânia e Jerusalém.
"Esta foi a manhã de derrota e humilhação para o nosso inimigo, os seus soldados e os seus colonos. O que aconteceu revela a grandeza da nossa preparação. O que aconteceu hoje revela a fraqueza do inimigo", declarou Haniyeh segundo a mídia.
Já o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que o Hamas "abriu a porta dos infernos hoje".
"Quero dizer uma coisa: o Hamas abriu as portas do inferno na Faixa de Gaza. O Hamas tomou uma decisão e será responsabilizado e pagará pelas suas ações", afirma o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, no vídeo.
O Irã se pronunciou sobre a situação e afirmou que a operação foi um ato de autodefesa dos palestinos, pedindo aos países muçulmanos que apoiem seus direitos.
"Esta operação [...] é o movimento espontâneo de grupos de resistência e do povo oprimido da Palestina em defesa dos seus direitos inalienáveis e da sua reação natural às políticas belicistas e provocativas dos sionistas", disse a mídia citando o porta-voz do ministério, Nasser Kanaani.
Neste sábado (7), Israel declarou estado de guerra devido ao forte bombardeio feito pelo Hamas. Netanyahu, anunciou que as Forças de Defesa de Israel iniciaram a operação antiterrorista Espadas de Ferro. Dezenas de caças israelenses atacaram alvos do Hamas na Faixa de Gaza.
O representante do movimento Hamas, Khaled Qadomi, declarou que a operação militar do grupo foi uma resposta a todas as atrocidades que os palestinos têm enfrentado ao longo de décadas.