Panorama internacional

Drenada por Kiev, Europa teme escassez de armas para enviar a Israel, diz mídia

Artigo publicado pela revista Foreign Policy aponta para escassez de armamentos em países europeus, decorrente do fornecimento à Ucrânia.
Sputnik
A Europa teme que a escassez de armamentos gerada em vários países do continente, em decorrência do fornecimento à Ucrânia, possa comprometer o fornecimento de assistência militar a Israel. É o que aponta um artigo publicado nesta segunda-feira (9) na revista Foreign Policy.
Segundo a publicação, representantes de países europeus discutiram nesta segunda-feira a possibilidade de fornecer assistência militar a Israel. No entanto, segundo o texto, muitos expressaram o temor de que, devido à assistência à Ucrânia, não tenham praticamente mais nada relativo a armamento militar para fornecer a Israel.

"Por causa da Ucrânia enfrentamos uma enorme escassez de armamentos", disse uma fonte alemã à publicação, em condição de anonimato.

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Também nesta segunda-feira os Estados Unidos descartaram o envio de tropas a Israel. "Não há intenção de colocar tropas americanas no campo de batalha", disse o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Na manhã de sábado (7), o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou mais de 3 mil foguetes disparados a partir de Gaza e a incursão de dezenas de palestinos armados em áreas da fronteira sul de Israel. Horas depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está em estado de guerra e convocou um número recorde de 300 mil reservistas.
O número de mortos no confronto já ultrapassa 1.500, sendo cerca de 900 israelenses mortos e 690 palestinos. Nesta segunda-feira, Israel impôs um cerco total a Gaza, com corte de eletricidade e bloqueio à entrada de água, alimentos e combustível.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, chamou atenção para a necessidade de cessar urgentemente o derramamento de sangue entre Israel e a Palestina. Segundo ele, uma solução para o problema palestino só é possível com base nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que pressupõem a coexistência de dois Estados.
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