A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) elevou suas previsões de demanda mundial de petróleo para 116 milhões de barris diários (b/d) em 2045, cerca de 16,4 milhões b/d acima do nível de 2022 (99,6 milhões), de acordo o relatório da entidade, "2023 World Oil Outlook", divulgado nesta segunda-feira (9).
Segundo a organização, composta por 13 países produtores de petróleo, em 2028 a demanda mundial por petróleo cru aumentará para 110,2 milhões de b/d, 10,6 milhões de b/d a mais que em 2022.
"A produção de hidrocarbonetos líquidos da OPEP seguirá aumentando até 46,1 milhões de b/d em 2045", destaca o documento, o que representa aumento da participação na extração mundial da organização de 34%, em 2022, para 40%, em 2045.
Ainda de acordo com a OPEP, a demanda global será impulsionada por países de fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), liderada pela Índia, e para isso serão necessários investimentos de cerca de US$ 14 trilhões (R$ 72,6 trilhões) no setor até 2045, média de US$ 610 bilhões (R$ 3,1 trilhões) por ano.
Síria perfura novos poços, apesar de embargos
A Síria iniciou a perfuração de novos poços de petróleo e gás, apesar das sanções impostas por países do ocidente, de acordo com o ministro de Petróleo e Recursos Minerais da Síria, Firas Kaddour:
"Como consequência das medidas restritivas impostas à Síria e ao nosso setor de hidrocarbonetos, estamos enfrentando enormes dificuldades. Apesar disso, efetuamos a perfuração de novos poços para compensar a diminuição da produção nas jazidas antigas. Além disso, estamos trabalhando com perfuração e manutenção de poços de petróleo cru para garantir a extração ininterrupta e descobrir novas jazidas", declarou ele à Sputnik.
O governo sírio ainda não foi capaz de restabelecer o controle sobre a maior parte dos seus territórios ricos em petróleo no nordeste e sobre a fronteira com o oeste do Iraque, estando a área sob ocupação das forças dos Estados Unidos e milícias aliadas, de maioria curda, das Forças Democráticas da Síria (FDS), que estabeleceram um autogoverno de fato sobre a região.
Autoridades sírias acusam as forças dos EUA na Síria de contrabandearem 95 petroleiros de petróleo bruto para fora do país em setembro.
A mídia relata que as forças de ocupação dos EUA constantemente contrabandeiam toneladas de grãos e petróleo de Al-Hasakah para a região do Curdistão, como parte da pilhagem sistemática de Washington.
As tropas dos EUA começaram a perfurar a Síria em 2016–2017, com Donald Trump afirmando repetidamente que os Estados Unidos manteriam as botas no terreno da Síria "apenas pelo petróleo". A Casa Branca de Joe Biden, atual presidente dos EUA, afirma que as forças estadunidenses permanecem no país para impedir o ressurgimento do "terror".