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Rússia deve sair do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, afirma MRE russo

O vice-ministro das Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov afirmou nesta terça-feira (10) que o país pretende abandonar o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, que proíbe a detonação de explosões nucleares para quaisquer fins, sejam militares ou civis.
Sputnik
A fala do vice-ministro vem após indícios de que os Estados Unidos estão se preparando para realizar novos testes nucleares em Nevada, estado americano que foi palco de mais de 900 explosões nucleares entre 1951 e 1992. "As indicações são de que há ou houve, pelo menos até recentemente, trabalhos em andamento no local de testes de Nevada", disse Ryabkov.
O Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares foi assinado pela maior parte das nações durante a Assembleia Geral da ONU de 1996. Apenas oito países não ratificaram o acordo em seus Parlamentos, entre eles os Estados Unidos.
A Rússia afirmou que não reiniciaria seu programa de testes nucleares a menos que os Estados Unidos voltassem a realizar os testes primeiro.

"Se Washington seguir por esse caminho destrutivo de realizar testes nucleares, então seremos forçados a fazer o mesmo, e uma situação totalmente diferente se iniciará."

Os comentários de Sergei Ryabkov são feitos também em meio a discussões na câmara baixa russa, a Duma, sobre revogar a ratificação do tratado na próxima semana. Segundo o vice-ministro, no entanto, isso não representa alterações na forma com que a Rússia encara sua política nuclear hoje.
"Vamos transmitir os nossos dados, receber os dados de outras pessoas. A moratória permanece em vigor. Estamos apenas retirando a ratificação. É isso. Todo o resto funcionará como funcionou até hoje", disse Ryabkov.
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