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Na ONU, Lula pede 'intervenção urgente' em Israel; oposição usa conflito para desgastar governo

O conflito Hamas-Israel teve seu estopim no sábado (7) e, já na segunda-feira (9), parlamentares opositores ao governo Lula protocolaram pelo menos 31 requerimentos na Câmara e outros cinco no Senado sobre o assunto. Presidente pede ao Hamas que "liberte crianças israelenses".
Sputnik
De acordo com a coluna de Lauro Jardim em O Globo, a intenção da oposição é convocar os auxiliares lulistas a fornecerem informações sobre ações de suas pastas diante do conflito e também a tomarem partido a favor de Israel.
As propostas são de expoentes bolsonaristas como Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli, Júlia Zanatta, Caroline de Toni, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Carlos Viana, entre outros.
Os pedidos têm como alvos Mauro Vieira (ministro das Relações Exteriores); Celso Amorim (assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais); José Múcio Monteiro (Defesa) e até Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), relata o colunista.
Ainda segundo a mídia, há pedidos que, se aprovados, devem fazer com que o chanceler Mauro Vieira seja convidado para audiências nas duas Casas do Congresso. Múcio e Almeida, enquanto isso, são objetos de pedidos semelhantes no Senado, relata a mídia.
Sobre Amorim, a convocação pode ainda ganhar uma moção de repúdio por ter dito à Folha de São Paulo no domingo (8) que "anos de tratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia" estão no pano de fundo dos ataques do Hamas contra Israel.
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A oposição quer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tome uma posição de apoio integral ao Estado judeu e condene de forma dura o Hamas. Assim como a própria embaixada israelense em Brasília, que pressionou o governo para que reconheça o grupo como terrorista.
O Itamaraty disse nesta quarta-feira (11) que os desdobramentos políticos da guerra serão debatidos no Conselho de Segurança da ONU, do qual o Brasil ocupa atualmente a presidência rotativa. Isso inclui o debate sobre se Brasília passará a classificar o Hamas como um grupo terrorista.
"O Brasil condenou e repudiou o terrorismo. Essa posição do Brasil é muito clara e forte. Os desdobramentos políticos desse conflito o Brasil está tratando no Conselho de Segurança da ONU", disse Carlos Sérgio Duarte, secretário do Ministério dos Exteriores para África e Oriente Médio.
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Em declaração feita hoje (11), o presidente pediu à ONU uma "intervenção humanitária internacional urgente" em Israel e Gaza. Em um comunicado citado pelo G1, Lula disse ainda que a presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, atualmente ocupada pelo Brasil, "se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito".

"É urgente uma intervenção humanitária internacional. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito", afirmou.

Também nesta quarta-feira (11), Mauro Vieira entrou em contato com seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry.
O ministro pediu apoio da administração egípcia para facilitar a passagem de ônibus em Rafah depois que o posto fronteiriço, por onde os ônibus com os brasileiros tem que passar, foi alvo de bombardeios da Força Aérea Israelense, conforme noticiado.
Número de mortos no confronto chega a 2,2 mil. Uma brasileira está desaparecida e dois foram declarados mortos. Tel Aviv confirmou hoje (11) que entre os reféns do Hamas estão brasileiros.
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