Trump, que é o favorito para se tornar o candidato presidencial do Partido Republicano em 2024, chamou o Hezbollah libanês, um inimigo jurado de Israel, de "muito inteligente" e acusou Netanyahu de "não estar preparado" para o ataque do Hamas, que também matou 22 americanos.
O ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, disse que os comentários do republicano aos apoiadores e em uma entrevista na televisão na noite de quarta-feira (11) mostraram que ele não era confiável.
"É vergonhoso que um homem como esse, um ex-presidente dos EUA, seja cúmplice de propaganda e divulgue coisas que ferem o espírito dos combatentes de Israel e dos seus cidadãos", disse Karhi citado pela Reuters.
Já o vice-secretário de imprensa da Casa Branca, Andrew Bates, classificou os comentários de Trump como "perigosos e desequilibrados".
"Não sabemos por que algum americano elogiaria uma organização terrorista apoiada pelo Irã como inteligente", disse Bates.
O ex-vice-presidente de Trump, Mike Pence, outro rival em 2024, também criticou o ex-parceiro de chapa: "Este não é o momento para qualquer ex-presidente ou qualquer outro líder americano enviar qualquer mensagem que não seja a de que a América está ao lado de Israel".
A situação na Faixa de Gaza está muito crítica para os mais de dois milhões de civis que moram no enclave, incluindo 28 brasileiros. Israel decidiu cortar a água e eletricidade do território até que o Hamas solte os reféns. Entretanto, comida também não está chegando.
A Cruz Vermelha alertou nesta tarde que hospitais em Gaza podem virar "necrotérios" por falta de energia, segundo a revista Exame.