"Nesses exercícios tudo é simulado, como o inimigo ou uma emergência. Já as operações podem envolver exercícios simulados ou não. Podemos fazer uma vistoria, vamos em grupo-tarefa e inspecionamos um navio. A Marinha do Brasil, nessa cooperação, também realiza missões navais, mantém diversas formas de interação com outras forças navais", explica.
"É como os Estados Unidos olham para o Atlântico Norte. Não é à toa que é o maior líder da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Não pretendemos criar uma nova [entidade], isso não é necessário, mas precisamos fortalecer a Zopacas. O nosso problema e da África, antes de serem políticos e militares, são econômicos. Precisamos desenvolver essa região", ressalta.
Formação de militares da Marinha
"O Brasil tem uma tradição diferenciada até dentro da América do Sul nessa questão de estabilidade de instituições. Apesar de toda a história republicana ter várias intervenções militares, não é o DNA dos nossos oficiais. Nós sempre temos essa visão de promover, através da água, a boa vizinhança. A visão da Marinha é muito profissional. Creio que esses oficiais que foram formados aqui adquirem essa visão profissional de atuação e emprego do poder naval sem se preocupar muito com a questão política", completa.
Marinha é um 'Itamaraty flutuante'
"Em relação à África, é importante destacar que o continente tem um enorme potencial econômico. Já possui uma população na casa dos bilhões e é uma região rica em recursos naturais, oferecendo um mercado consumidor relevante para as exportações brasileiras. Além disso, a proximidade geográfica torna a África um destino natural para os nossos negócios e interesses comerciais. Compartilhamos preocupações sobre a segurança no Atlântico e atuamos no combate à pirataria e outras ameaças", argumenta.