Panorama internacional

China denuncia 'injustiça histórica' contra palestinos em meio à escalada no Oriente Médio

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, denunciou a "injustiça histórica" que tem sofrido o povo palestino ao não poder concretizar sua intenção de formar um Estado independente, ao mesmo tempo que aumentam as tensões entre Israel e Palestina num conflito que deixou milhares de mortos e feridos.
Sputnik
Assim, após o encontro com chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, neste sábado (14), Wang Yi observou que a raiz desse conflito reside no fato de não se ter realizado o desejo há muito acalentado pela Palestina de ter um Estado independente, e de não se ter retificado a injustiça histórica sofrida pelo povo palestino.

"Israel tem direito de ser um Estado, tal como Palestina. Enquanto os israelenses tiveram a sua sobrevivência garantida, quem se importa com a sobrevivência dos palestinos? O povo judeu já não está deslocado do mundo, mas quando regressará o povo palestino à sua pátria?", afirmou político chinês.

Além disso, o MRE chinês sublinhou que a injustiça que se comete com os palestinos, que se arrasta há mais de meio século e tem sido fonte de sofrimento durante gerações, não pode continuar.

Solução possível

Falando sobre a solução desse conflito, ele disse que ela é a criação de um Estado palestino independente que "permita a coexistência pacífica da Palestina e de Israel e a convivência harmoniosa dos dois povos, árabe e judeu".

"O caminho certo para avançar na solução dos dois Estados é retomar as conversações de paz o mais rápido possível, e todos os tipos de mecanismos para promover a paz devem desempenhar um papel ativo", acrescentou.

Wang disse a China condena todos os atos que prejudicam os civis e se opõe a qualquer prática que viole o direito internacional.
De acordo com um comunicado oficial, o ministro destacou que a primeira prioridade é um cessar-fogo o mais rápido possível para deter o conflito e evitar que se estenda indefinidamente, a fim de evitar uma maior deterioração da situação.

Prioridades

A segunda prioridade, de acordo com Wang, é cumprir o direito internacional humanitário e fazer todo o possível para garantir a segurança dos civis e abrir canais de ajuda o mais rápido possível, com o objetivo de evitar que ocorra uma grave catástrofe humanitária.
E a terceira prioridade é que os países afetados mantenham a calma e exerçam a moderação e a objetividade, a fim de impulsionar uma desescalada do conflito e evitar um maior impacto na segurança regional e internacional.
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