Os amuletos eram datados de aproximadamente 3.500 a.C., que equivale ao período Neolítico, dando pistas sobre o antigo sistema de crenças dos humanos desse período.
Os amuletos, de forma oval, apresentavam uma perfuração em uma das extremidades, supostamente para serem usados no pescoço, como pingentes.
Amuletos feitos com pedaços de crânios de 5.500 anos dão pistas sobre crenças antigas
© Foto / Museu de Arte e Ciência da Irlanda
Ernest Roulin e outros arqueólogos sugeriram que os fragmentos cranianos foram removidos do falecido e depois perfurados e polidos para formar pingentes, e supostamente extrair força ou proteção do mundo dos mortos, ou apenas para celebrar os ancestrais.
Contudo, outra hipótese foi apresentada pelo antropólogo francês Paul Broca, que sugeriu que os crânios foram perfurados antes da morte através da prática de trepanação, também conhecida como craniotomia.
Amuletos feitos com pedaços de crânios de 5.500 anos dão pistas sobre crenças antigas
© Foto / Museu de Arte e Ciência da Irlanda
Apesar de a trepanação ser uma das primeiras práticas cirúrgicas, iniciada na era Neolítica, há evidências que sugerem que nos tempos antigos as pessoas acreditavam que as doenças eram causadas por um espírito preso e que perfurar o crânio permitiria que o espírito escapasse.