O Equador elegeu no último domingo (15) o presidente mais jovem de sua história. Com 35 anos, o empresário Daniel Noboa exercerá o cargo a partir de dezembro em um governo de transição, que termina em maio de 2025.
Noboa recebeu cerca de 52% dos votos válidos contra a candidata de esquerda, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, Luisa González, que obteve 48% dos votos.
Ele terá que administrar um Estado que vive severa crise política e econômica e escalada da violência devido ao tráfico de drogas, que já causou mais de 5,3 mil crimes violentos em 2023 no país.
O presidente eleito foi deputado durante dois anos até a Assembleia ser dissolvida em maio pelo atual presidente, Guillermo Lasso, para evitar ser destituído por acusações de corrupção, convocando novas eleições.
Estreante na carreira, ele não aparecia entre os primeiros mais cotados no primeiro turno até o assassinato do candidato Fernando Villavicencio, em agosto. Já seu pai, Álvaro Noboa, é um dos empresários mais ricos do país e tentou a presidência cinco vezes, sem sucesso.
O futuro presidente se define como um político de centro-esquerda e defensor da liberdade empresarial. Ele terá que usar de muita negociação na Assembleia, onde tem minoria: 13 legisladores de um total de 137.
Em um breve pronunciamento após a vitória, Noboa declarou: “Começamos a trabalhar para esse novo Equador para reconstruir um país que foi gravemente atingido pela violência, pela corrupção e pelo ódio. A partir de amanhã, a esperança começa a funcionar."
Uma das prioridades da agenda de seu governo é o combate ao crime organizado. Entre suas propostas, está a militarização dos portos, dos aeroportos e das estradas principais do país.