Assim, um novo estudo da Universidade de Liverpool e da Universidade de Warwick revela que os romanos foram pioneiros na reciclagem, quando estavam processando prata para fazer moedas.
A Roma Antiga usava muita prata para fazer moedas, particularmente denários, que eram as principais moedas de prata da época. A extração da prata do minério e sua purificação nas casas da moeda resultou em significativa contaminação do ambiente por chumbo.
Esta poluição não permaneceu apenas em Roma, viajou através da atmosfera, cruzou o Atlântico e deixou sua marca no gelo da Groenlândia, formando uma antiga marca de contaminação que foi preservada no gelo.
Mas, de acordo com a pesquisa, no final da República Romana o nível de poluição por chumbo diminuiu significativamente. Esta descoberta intrigou os pesquisadores.
Por que a poluição diminuiu quando a produção de moedas continuou? Para responder, os pesquisadores examinaram mais profundamente a história de produção das moedas, mas sem nenhum resultado.
Assim, os pesquisadores propuseram uma explicação única: os romanos reciclavam a prata. Depois de conflitos em regiões como a Ibéria e o sul da França, muitas vezes pilharam prata, que era então derretida para fazer novas moedas.
Isso é confirmado pelo fato de haver variação da quantidade de ouro nas moedas, porque toda a prata da Antiguidade contém uma pequena quantidade de ouro.
O doutor Jonathan Wood, da Universidade de Liverpool, observou que, "para os romanos, a reciclagem de moedas seria muito mais barata do que a extração de nova prata – um benefício para suas finanças, bem como para o meio ambiente".