Panorama internacional

Após EUA bloquearem acesso de China, Irã e Rússia a mais chips Nvidia, Pequim rebate: 'Desleal'

As novas regras anunciadas ontem (17) pela secretária do Comércio norte-americana restringem uma gama maior de chips avançados e ferramentas de fabricação de semicondutores não só para China como para o Irã e a Rússia.
Sputnik
Em uma rodada nova de medidas para restringir cada vez mais o acesso chinês ao mercado de semicondutores, o governo Biden vai suspender envios de chips de inteligência artificial mais avançados projetados pela Nvidia e por outras empresas.
As regras, que serão colocadas em prática em 30 dias, também atingirão os mercados russo e iraninano e colocam na lista negra os designers de chips chineses Moore Threads e Biren, escreve a Reuters.
As novas medidas corrigem lacunas nas regulamentações divulgadas em outubro do ano passado por Washington e provavelmente serão atualizadas "pelo menos anualmente", disse a repórteres na noite de segunda-feira (16) a secretária do Departamento de Comércio, Gina Raimondo.
O objetivo é limitar o acesso desses países a "semicondutores avançados que possam alimentar avanços em inteligência artificial e computadores sofisticados que são críticos para aplicações militares [chinesas]", disse ela segundo a mídia.
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Hoje (18), Pequim apresentou uma severa repreensão aos Estados Unidos pelas últimas restrições aos chips.
Um porta-voz da chancelaria chinesa disse afirmou que a China "se opõe firmemente" às ​​novas restrições, acrescentando que "colocar restrições arbitrariamente ou procurar forçosamente a dissociação para servir uma agenda política viola os princípios da economia […], minando a economia internacional e a ordem de negociação".

"Tais restrições e dissociação forçada para fins políticos violam os princípios da economia de mercado e da concorrência leal", disse o MRE chinês em resposta a perguntas feitas pela agência britânica.

De acordo com analista da consultoria 86Research, Charlie Chai, "as restrições provavelmente impulsionarão ainda mais a agenda de autossuficiência promovida pelo presidente Xi Jinping", afirmou o consultor ouvido pela mídia.
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Embora a Nvidia não consiga vender alguns chips de IA para a China, as novas regras também impedirão que tecnologia de ponta seja usada para fabricar chips projetados por dois de seus rivais mais capazes: Biren e Moore Threads, startups chinesas fundadas por veteranos da Nvidia.
A Biren disse ontem (18) que estava avaliando o possível impacto na empresa e apelaria ao governo dos EUA para reexaminar a decisão. Moore Threads declarou que estava se comunicando com todas as partes envolvidas e avaliando o impacto.
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