Panorama internacional

Nenhuma censura é capaz de ocultar a natureza colonial do apartheid israelense, diz Palestina na ONU

Representação oficial da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU) condena "desinformação" intencional de Israel acerca do ataque ao Hospital Batista al-Ahli, que deixou cerca de 500 mortos e marcou uma nova etapa do confronto.
Sputnik
O órgão responsável pela inserção e fiscalização da segurança e dos direitos da Palestina no âmbito internacional da ONU, a Missão de Observação Permanente do Estado da Palestina nas Nações Unidas, enviou uma declaração às organizações de comunicação internacionais contestando a veracidade dos comentários de Israel após a explosão no complexo hospitalar de al-Ahli.

"Qualquer pessoa que tenha experiência em monitorar as agressões militares israelenses contra a população palestina de Gaza fica chocada, embora não surpresa, com a onda de desinformação que está sendo despejada pela máquina de propaganda de Israel no que tange o ataque ao Hospital Batista al-Ahli, em Gaza."

Além disso, o órgão palestino denunciou, segundo sua análise, quão injusta era a acusação de Israel de que a autoria do ataque teria sido de palestinos.

"Durante décadas, sempre que Israel é acusado de uma atrocidade, recorre ao habitual procedimento para tentar encobrir o seu crime: primeiro, nega o seu envolvimento e diz que os palestinos fizeram isso a si próprios. Depois, admite discretamente ter cometido o crime, mas diz que não foi intencional. Depois, afirma estar 'investigando' a situação enquanto espera que a comunidade internacional se esqueça do que aconteceu. Então, no próximo crime, repete o procedimento."

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A crítica ainda foi além, com a afirmação de que Israel já cometeu diversos crimes de guerra contra a Palestina, dando um ultimato à comunidade internacional de que nada conseguirá apagar os feitos do país.

"Nenhum gerenciamento de crise ou censura será capaz de encobrir a natureza colonial e de apartheid de Israel, um Estado que continua a cometer incansavelmente crimes de guerra contra a humanidade e contra uma população sitiada e ocupada."

O ataque ao Hospital Batista al-Ahli gerou uma onda de manifestações pelo mundo inteiro. No Líbano, assim como em Praga e nos Estados Unidos, milhares de pessoas se reuniram para protestar contra a política de guerra adotada por Israel. O país, no entanto, mantém sua versão acerca do ocorrido, que também é apoiada pelos Estados Unidos.
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