"Em resposta aos esforços do Qatar, as Brigadas (Ezzedine) Al-Qassam libertaram dois cidadãos americanos (uma mãe e a sua filha) por razões humanitárias", disse o grupo no Telegram.
A informação foi confirmada por Israel na sequência. Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan foram sequestradas na aldeia de Nahal Oz, ao sul do país, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que está na região, comentou a situação. "Os nossos concidadãos suportaram uma provação terrível nos últimos 14 dias, e estou muito feliz por eles se reunirem em breve com a sua família, que está assolada pelo medo", alegou em comunicado.
Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan em foto publicada nas redes sociais
© Reprodução/Redes sociais
Sequestrados em Gaza
Conforme o Exército de Israel, a maioria das pessoas sequestradas que foi enviada para a Faixa de Gaza ainda está viva. "Também há cadáveres", contou. Entre os reféns, mais de 20 são menores de idade e entre 10 e 20 pessoas possuem mais de 60 anos.
O Hamas fez diversos israelenses reféns no dia 7 de outubro, quando militares do grupo invadiram Israel pela fronteira na região sul. Além dos ataques com foguetes que driblaram o sistema de defesa do país e atingiram várias cidades, centenas de pessoas morreram.
Isso fez o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarar guerra ao país e iniciar uma ofensiva, que segue intensa há 14 dias. Os principais alvos ficam na Faixa de Gaza, onde um hospital chegou a ser atacado e cerca de 500 pessoas morreram.
Pelo menos 5,5 mil pessoas já morreram por conta do conflito, segundo autoridades israelenses e palestinas.
Ajuda da Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha declarou que também ajudou na libertação das duas mulheres americanas, que necessitavam de cuidados médicos urgentes. "O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) ajudou a facilitar esta libertação transportando os reféns de Gaza para Israel, sublinhando o impacto na vida real do nosso papel como ator neutro entre as partes em conflito", afirmou.
A entidade disse ainda que "está pronta para ajudar na liberação" de outros reféns mantidos em cativeiro.