Na quinta-feira (19), a Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou oito das 21 armas furtadas do arsenal de guerra do quartel em Barueri, São Paulo. As armas foram encontradas em um veículo estacionado no bairro Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio. O veículo também era roubado.
Na madrugada deste sábado (21), mais nove foram localizadas em São Paulo. As informações foram divulgadas pelo secretário de Segurança Pública da cidade, Guilherme Derrite.
De acordo com Derrite, a polícia conseguiu apurar que o armamento seria entregue para criminosos entre esta sexta-feira (20) e sábado (21), em São Roque, cidade do interior paulista. Equipes foram até o local indicado e, segundo o secretário, houve troca de tiros. Ninguém foi preso e os ciminosos fugiram, relata o G1.
"São cinco armas .50, e quatro calibre 7,62. Somadas com as que foram encontradas no Rio de Janeiro, pelas nossas contas, faltam quatro .50 a serem encontradas. As investigações continuam", disse Derrite citado pela mídia.
Em nota, o Comando Militar do Sudeste ressaltou que a localização do armamento foi "fruto de uma ação integrada do Exército Brasileiro com a Polícia Civil do Estado de São Paulo".
"Todos os esforços estão sendo envidados para a recuperação total dos armamentos subtraídos", finaliza a nota.
O Exército investiga se pelo menos três militares do quartel de Barueri, na Grande São Paulo, participaram do furto das 21 metralhadoras de guerra a pedido de facções e se o crime foi cometido a partir do feriado de 7 de setembro e continuou nos dias seguintes.
Até o momento, cerca de 160 militares ainda estavam "aquartelados" no quartel desde a semana passada. Todos tiveram seus celulares confiscados e estavam trabalhando entre os dias 6, 7 e 8 de setembro.
Após o sumiço das metralhadoras, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, diretor do Arsenal de Guerra, foi exonerado, conforme publicação do Diário Oficial da União. Entretanto, o Exército Brasileiro manterá na ativa Sousa Batista mesmo após a exoneração.
Procurado pela mídia, a força afirmou que a exoneração do diretor foi uma decisão administrativa do comandante do Exército, Tomás Paiva, e que o tenente-Coronel Batista "será movimentado e continuará exercendo funções como militar da ativa em outra unidade militar".
Em seu lugar, assume o novo diretor, o coronel Mário Victor Vargas Júnior, de 48 anos, que comandará o quartel.
O furto das armas foi descoberto no último dia 10 de outubro. Os militares notaram, durante inspeção, o sumiço de 13 metralhadoras calibre .50 e de outras 8 metralhadoras de calibre 7,62. As metralhadoras .50 são conhecidas por terem poder de fogo e alcance para derrubar até aeronaves.