Segundo o jornal britânico The Times, a ausência de Yair Netanyahu nas convocações tem causado um mal-estar entre os soldados israelenses.
"Yair está aproveitando a vida na praia em Miami enquanto eu estou na linha de frente", disse um soldado voluntário posicionado contra o Hezbollah na fronteira com o Líbano ao jornal britânico.
Pedindo anonimato por razões de segurança, o soldado queixou-se de que "os responsáveis por esta situação" não carregam o fardo, o que alimenta "desconfiança e raiva" nas fileiras do Exército de Israel.
"Nossos irmãos, nossos pais, filhos, todos estão indo para a linha de frente, mas Yair ainda não está aqui. Não ajuda a criar confiança na liderança do país", disse o soldado ao Times.
Outro soldado, que se voluntariou e está se preparando para ser destacado para a frente sul, contra o Hamas, disse que saiu dos EUA e deixou o emprego, a vida e a família.
"Não posso ficar lá e abandonar o meu país, o meu povo, neste momento crítico. Onde está o filho do primeiro-ministro? Por que ele não está em Israel?", disse o soldado.
Todos os israelenses devem prestar o serviço militar obrigatório, sendo reservistas até os 40 anos. Yair Netanyahu tem 32 anos. No entanto, seu serviço prestado nas FDI foi como porta-voz e não como soldado combatente.
O filho de Benjamin Netanyahu mudou-se para os EUA no início deste ano, depois de publicar nas redes sociais críticas aos israelenses que protestavam contra as reformas judiciais do seu pai, chamando-os de "terroristas" e acusando os EUA de financiarem os protestos.
A sua página no Instagram agora angaria fundos para uma ONG que ajuda cerca de 120 mil israelenses evacuados do norte e do sul do país. Uma foto usada pelo Times mostrava Yair Netanyahu manuseando pacotes de ajuda no armazém da Yedidim USA, uma instituição de caridade judaica em Fort Lauderdale.