Panorama internacional

Meta é processada por 41 estados dos EUA sob acusação de viciar jovens e crianças

A Meta (cujas atividades são proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas) está sendo processada por 41 autoridades estaduais nos EUA, além da capital federal. Segundo argumentam os governantes, suas redes sociais são desenhadas para intencionalmente viciar e causar danos a jovens e crianças.
Sputnik
O início das investigações contra a empresa de Mark Zuckerberg, dona de redes sociais como Facebook e Instagram, plataformas proibidas na Rússia, teve início em 2021 após Frances Haugen, ex-funcionária de alto nível da companhia, denunciar que a empresa escondia do público o nível de dano que suas redes faz aos jovens.
Em um comunicado oficial, o gabinete da Procuradoria Geral do estado de Massachusetts alega que a Meta "deliberadamente" explorou "vulnerabilidades de seus usuários jovens em busca de lucro".

"Ao fazer isso, a Meta contribuiu significativamente para a atual crise de saúde mental entre nossas crianças e adolescentes", disse a procuradora-geral de Massachusetts, Andrea Joy Campbell.

Ao todo, dez processos foram iniciados contra a empresa de Zuckerberg. Oito estados e o distrito federal de Washington processaram a Meta em seus tribunais locais, enquanto outros 33 aplicaram um processo em conjunto na corte federal da Califórnia, segundo uma reportagem do Washington Post.
Frente às acusações, um porta-voz da Meta afirmou à Reuters que a empresa está desapontada, porque, "em vez de trabalhar de forma produtiva com empresas de todo o setor para criar padrões claros e adequados à idade para os diversos aplicativos que os adolescentes usam, os procuradores-gerais escolheram esse caminho".
O representante não detalhou que iniciativas poderiam ter sido tomadas.
Dentre as ferramentas utilizadas pela Meta para viciar os usuários mais jovens, estão o "scroll infinito", recurso que faz com que a exibição de uma página não tenha fim, e a reprodução automática de Reels ao fim de stories, que criaria um "temor de estar perdendo algo [FOMO, na sigla em inglês]".
Segundo a Procuradoria de Massachusetts, esses recursos "exploram e capitalizam deliberadamente as vulnerabilidades únicas dos usuários jovens e superam a capacidade dos jovens de autorregular o tempo gasto na plataforma".
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