O presidente colombiano, Gustavo Petro, chegou ontem (24) a Pequim e os dois países assinaram 12 acordos de cooperação durante a visita, informou o gabinete de Petro em comunicado citado pela Reuters.
Um dos acordos inclui a permissão de importações de carne bovina colombiana a partir do próximo ano e outro a permissão de embarques de quinoa, bem como o estabelecimento de vários grupos de trabalho destinados a melhorar o comércio.
Os presidentes Xi Jinping e Gustavo Petro tiveram uma reunião bem-sucedida e anunciaram conjuntamente o estabelecimento da parceria estratégica entre a China e a Colômbia
As importações chinesas da Colômbia aumentaram acentuadamente nos últimos anos, tornando o gigante asiático o segundo maior parceiro comercial do país sul-americano, depois dos Estados Unidos. Em 2022, os envios de Bogotá para Pequim totalizaram US$ 7 bilhões (R$ 35 bilhões), um aumento de quase 20% em relação a cinco anos antes.
A Colômbia é um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos na região.
O país, uma das democracias mais antigas da América Latina, estabeleceu laços com os EUA em 1822, e com a China em 1980.
Nos últimos anos, Pequim intensificou uma "ofensiva de charme" na América do Sul, na América Central e no Caribe, uma região de importância estratégica para o arquirrival Washington.
A melhoria das relações com a Colômbia significa que a China tem agora laços estratégicos com 10 dos 11 países sul-americanos com os quais mantém relações. A região também é significativa para os chineses, uma vez que acolhe um punhado de países que não têm laços com Pequim, mas que reconhecem Taiwan como Estado soberano.
O Paraguai é a última nação sul-americana que tem laços com Taiwan. O gigante asiático reivindica a ilha como parte do seu território dentro da política de uma só China.