Panorama internacional

Netanyahu: 'Estamos nos preparando para uma entrada terrestre' na Faixa de Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está se preparando para uma invasão por terra na Faixa de Gaza. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (25) em um pronunciamento.
Sputnik

"Estamos nos preparando para uma entrada terrestre. O momento da ação foi determinado pelo Gabinete de Guerra em conjunto com o chefe do Estado-Maior."

"Nós somos o povo da luz, eles são o povo das trevas; a luz triunfará sobre as trevas, e cumpriremos a profecia de Isaías", disse.
Netanyahu incentivou, ainda, cidadãos israelenses a andarem armados e pediu aos civis palestinos para saírem do território. Netanyahu não deu mais informações e detalhes sobre a operação.

Conflito entre Israel e Palestina

Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo em que Jerusalém manteria o status de zona internacional.
Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.
Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (margem ocidental do rio Jordão), incluindo Jerusalém Oriental. Surgiram as colônias de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.
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Após a Primeira Intifada (manifestação de resistência dos palestinos contra as autoridades israelenses nos territórios ocupados, que durou de 1987 a 1993), foi assinado o acordo de paz de Oslo. Foi um período de transição de cinco anos. Era para começar com a redistribuição de tropas israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia e terminar com a determinação do status final dos territórios palestinos.
Em 1996, a Palestina realizou suas primeiras eleições, e Yasser Arafat, então líder da Organização para a Libertação da Palestina, foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Em 2002, em meio à Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa, os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia e as Nações Unidas propuseram um plano de paz denominado Roteiro para a Paz. Previa a retomada das negociações, a resolução do conflito e o estabelecimento de um Estado independente palestino.
Em 2005, Israel, unilateralmente, sem qualquer acordo político, retirou-se completamente da Faixa de Gaza.
Em 25 de janeiro de 2006, eleições legislativas foram realizadas pela segunda vez. Duas organizações se destacaram: o Hamas ganhou a maioria dos assentos (80), enquanto o Fatah levou 43 assentos no Conselho Legislativo Palestino.
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Em junho de 2007, houve um conflito militar na Faixa de Gaza entre as duas frentes. O Hamas assumiu o controle total do território de Gaza, depois de expulsar a maioria dos ativistas do Fatah (que não era mais governo).
Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador nas Nações Unidas, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.
As tensões escalaram mais uma vez, drasticamente, quando, em 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como a capital israelense e transferiu a Embaixada dos EUA para lá.
Como resultado de ataques de foguetes a partir da Faixa de Gaza, Israel vem realizando operações contra a infraestrutura do Hamas desde 2008, tendo sido a última em maio de 2023.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações.
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