O Exército decidiu pela punição de 17 militares por omissão e negligência no caso envolvendo o desaparecimento de 21 metralhadoras de um quartel em Barueri, região metropolitana de São Paulo.
Entre os militares punidos estão capitães, tenentes e subtenentes que vão cumprir 20 dias de prisão disciplinar.
O furto das metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército, onde as armas eram guardadas, mobilizou as polícias civis do Rio de Janeiro, de São Paulo e o Exército na semana passada. Elas teriam sido furtadas entre os dias 6 e 8 de setembro, mas o desaparecimento só foi percebido dias depois.
As investigações apontam que a rede elétrica do Arsenal de Guerra de Barueri foi desligada, causando apagão nas câmeras do quartel. As armas teriam sido retiradas do quartel em um carro pertencente ao Exército.
Segundo as investigações, as armas seriam vendidas a traficantes de facções criminosas do Rio de Janeiro e de São Paulo por até R$ 180 mil cada. Das 21 metralhadoras furtadas, 17 foram recuperadas; 8 no Rio de Janeiro e 9 em São Paulo.
No processo administrativo, os militares foram considerados omissos por permitir o desvio das armas do arsenal, e negligentes por não dar conta do desaparecimento.
Além do processo administrativo, está em curso um inquérito policial militar para investigar pelo menos sete militares, suspeitos de envolvimento direto no furto das armas.