Anteriormente, o diretor-geral da estatal, Yuri Borisov, afirmou que a constelação de satélites exigida pela Rússia até 2030 deveria ter no mínimo entre mil e 2 mil dispositivos. Para isso, até 2025 é necessário que a empresa produza 250 satélites por ano e, até 2030, um satélite por dia.
Para efeito de comparação, em junho a constelação orbital da Rússia consistia em 225 satélites. "A implementação dessas e de outras medidas permitirá, até 2036, implantar mais de 2 mil naves espaciais de vários tipos, em várias órbitas", afirmou a empresa.
Também é prioridade, inclusive para a Roscosmos, questões de reestruturação tecnológica, de mudanças nas cadeias de cooperação e de formação de funcionários, bem como de revisão de tecnologias de produção e de fornecimento de componentes.
"Os dados de sensoriamento remoto da Terra, os serviços de comunicação via satélite e acesso à Internet ajudarão no desenvolvimento das indústrias de construção, transporte e agricultura, e as linhas de produção criadas poderão gerar até 2 mil empregos altamente qualificados, cada um dos quais formando oito a nove empregos extras em setores como TI e microeletrônica", enfatizou a empresa.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que pretende que a Rússia aumente as exportações de produtos e serviços aeroespaciais para os países da parceiros, sobretudo os do BRICS. "Os mercados na Ásia, África e América Latina estão atualmente se desenvolvendo cada vez mais ativamente. Nossos parceiros na CEI, União Econômica da Eurásia, SCO, BRICS e outros mecanismos têm planos socioeconômicos ambiciosos."
"Eles planejam criar novos setores econômicos e expandir o potencial tecnológico. É claro que a Rússia deve apoiar isso e podemos ajudar nesse sentido. Portanto, acredito que devemos desenvolver os produtos e serviços espaciais do nosso país de forma mais ativa saída", disse Putin.
Produção
Na região de Krasnoyarsk, por exemplo, a empresa ISS Reshetnev já começou a produção de transportadores de espaçonaves de transmissão de dados, de modelo Marathon-IoT, como parte do projeto.
A empresa espacial NPO Lavochkin, por sua vez, está desenvolvendo um plano para a produção contínua de pequenos satélites para sensoriamento remoto da Terra. Outras empresas estão responsáveis, ainda, por diversos setores paralelos, desde transferência de tecnologia até produção de novos componentes.