"Atualmente, os americanos estão liderando os combates. Após o colapso do Exército israelense no confronto com as Brigadas Al-Qassam [braço militar do Hamas], os americanos assumiram o comando dos combates", disse Abu Marzouk, que está visitando Moscou.
Foi isso que determinou o fato de os Estados Unidos terem enviado dois grupos de ataque de porta-aviões para a região, bem como o apoio de países ocidentais, como a França e o Reino Unido e, posteriormente, a Alemanha, a Israel, explicou o membro do politburo do Hamas.
"Agora os militares da Holanda, Itália, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos estão se reunindo no Chipre e estabelecendo centros de comando na ilha de Creta [...] e com quem todas essas tropas vão lutar?", ressaltou Abu Marzouk.
"Acredito que essa é uma tentativa de intimidação para evitar que o conflito se torne um conflito regional ou mundial. Eles querem cercar o Hamas, mas acredito que não conseguirão", acrescentou.
Em 7 de setembro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou mais de três mil foguetes disparados do enclave e a incursão de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel. Civis e militares israelenses foram tomados como reféns pelo Hamas e levados para Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel está em estado de guerra e ordenou uma convocação recorde de 360 mil reservistas.