A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em votação da proposta esquematizada pela Jordânia, adotou por esmagadora maioria a resolução de paz, com 120 votos a favor, 14 contra — incluindo os Estados Unidos e Israel — e 45 abstenções.
A votação acontece justamente após o anúncio de Israel confirmar a expansão de operações terrestres no território de Gaza, além dos bombardeios à região e o corte quase total de eletricidade, Internet e telefonia.
A resolução da Jordânia, em seu texto, apelou para uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada", exigindo que todas as partes cumpram o direito humanitário internacional e o fornecimento "contínuo, suficiente e sem entraves" de fornecimentos e serviços essenciais à Faixa de Gaza.
Em suas redes sociais, a ONU liberou a posição de todas as nações votantes. Dos países que foram contra, nota-se também a Áustria, a Croácia, a República Tcheca e a Hungria. Na América Latina, o único país que votou contra a resolução foi o Paraguai.
Votação na Assembleia Geral da ONU em relação à proposta de cessar-fogo da Jordânia, em 27/10/2023. Reprodução do Twitter Oficial da ONU.
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Além disso, a proposta apresenta a "libertação imediata e incondicional" de todos os civis mantidos em cativeiro, bem como exige segurança, bem-estar e tratamento humano, de acordo com as normas internacionais.
Durante a votação, que contou com a apresentação de emendas de diversos países, o Canadá solicitou uma alteração que condenasse o grupo islâmico Hamas e "a tomada de reféns", mesmo após votar pela abstenção.
A ação canadense veio em resposta à resolução apresentada por países árabes que apoiam a trégua imediata, mas que não haviam mencionado o Hamas como terroristas. Os EUA também apoiaram a alteração, criticando a resolução original apresentada pela Jordânia por não nomear explicitamente o Hamas.