"A punição coletiva do povo de Gaza, a privação de produtos básicos, do acesso a energia e água e o bombardeio de áreas densamente povoadas são crimes de guerra de acordo com a lei humanitária internacional", afirmou Ravina Shamdasani.
Fornecimento de combustível
Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) ainda não conseguiu chegar a um acordo com Israel para fornecer combustível à Faixa de Gaza, disse a representante da ONU para a Coordenação Humanitária nos Territórios Ocupados da Palestina, Lynn Hastings, nesse briefing em Genebra.
"No que diz respeito a combustível, ainda não temos um acordo com Israel para poder fornecê-lo", disse Lynn Hastings.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina também tem acesso muito limitado ao combustível necessário. A única fonte de combustível da agência é a estação no posto de controle de Rafah, onde o combustível pago pelo Catar é entregue pelo Egito, de acordo com o comunicado de Lynn Hastings.
No entanto, a agência nem sempre tem acesso a essa fonte devido a dificuldades de coordenação com o governo israelense, e combustível está acabando e não há informações sobre outros suprimentos, resumiu a representante da ONU para a Coordenação Humanitária nos Territórios Ocupados da Palestina.
Em 7 de setembro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou mais de três mil foguetes disparados do enclave e a incursão de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel. Civis e militares israelenses foram tomados como reféns pelo Hamas e levados para Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel está em estado de guerra e ordenou uma convocação recorde de 360 mil reservistas.