Observa-se que a liderança militar e política de Israel, ao planejar uma operação terrestre em Gaza, teme a retaliação por parte do movimento Hezbollah e do Irã.
Além disso, um dos resultados práticos foi a expectativa adicional de mais sistemas de defesa antiaérea americana para desencorajar o Hezbollah de responder quando as Forças de Defesa de Israel lançarem uma operação na Faixa de Gaza.
Outras fontes do jornal dizem que, antes do início da operação, a liderança israelense quer cortar, tanto quanto possível, todos os canais de contrabando de armas para a Faixa de Gaza, a fim de evitar uma guerra de guerrilha contra as tropas israelenses por militantes do Hamas.
A publicação relata que generais israelenses de alto escalão sob condição de anonimato disseram que o Exército está disposto a assumir o risco da operação para tentar salvar o maior número possível de reféns, mas a liderança militar está ciente do alto grau de complexidade da missão.
Em 7 de outubro, o Hamas lançou milhares de foguetes a partir da Faixa de Gaza em um ataque sem precedentes que driblou o sistema de defesa de Israel. Além de atingir várias cidades, o movimento invadiu o país por meio das fronteiras na porção sul. Na sequência, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país estava em guerra.
Em resposta, o Exército israelense mobilizou 360 mil reservistas, iniciou ataques aéreos diários e também se prepara para uma ofensiva terrestre. Segundo a Autoridade Nacional Palestina, a operação pode deixar entre dez mil a 15 mil pessoas mortas.