A reportagem publicada neste domingo (29) informa que os planos iniciais de invasão por parte de Tel Aviv alarmaram os funcionários dos Estados Unidos, que expressaram preocupação com o plano devido à falta de "objetivos militares alcançáveis".
Segundo o jornal, Austin falou por telefone com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, sobre a necessidade de "analisar cuidadosamente a forma" como as forças israelenses poderiam conduzir uma invasão terrestre em Gaza, onde o grupo palestino Hamas mantém uma intrincada rede de túneis sob uma das áreas mais densamente povoadas.
A reportagem afirma que os israelenses aprimoraram o plano de invasão por terra após acordo com Austin e outros funcionários dos EUA.
O impacto nas negociações de reféns e o fato de que líderes políticos e militares israelenses estavam divididos sobre a invasão do território palestino também pesaram na decisão de adiar qualquer entrada no território por ora, de acordo com o jornal.
Neste domingo, Tel Aviv informou que 239 pessoas estão em cativeiro pelo Hamas, após serem feitas reféns no ataque de 7 de outubro. O grupo pretende trocar essas pessoas por prisioneiros palestinos.
Funcionários e ex-funcionários do Pentágono, bem como ex-comandantes americanos que lideraram operações militares urbanas, informaram ao jornal estadunidense que Israel parecia estar conduzindo uma operação em fases, com unidades de reconhecimento menores avançando em direção a Gaza, para localizar combatentes do Hamas e identificar seus pontos vulneráveis.
As fontes da matéria comentaram sobre a dificuldade de prever qual será a ação final de Israel, já que a intensificação dos ataques aéreos e a ampliação das incursões terrestres nos últimos três dias indicavam uma postura agressiva.
Ontem (28), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que as forças israelenses haviam entrado na Faixa de Gaza para iniciar a segunda fase da guerra.