"Essas ações ilegítimas de Washington não são nada mais que uma violação grosseira da soberania da Síria e do direito internacional", afirmou Vasily Nebenzya.
Em meio à escalada acentuada do conflito israelo-palestino, essas demonstrações de força "têm consequências extremamente perigosas, pois podem provocar uma escalada armada em toda a região", resumiu o embaixador russo na ONU.
Em 26 de outubro, os Estados Unidos realizaram ataques aéreos em dois locais na Síria que eram usados pelo Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica e por grupos pró-iranianos.
O chefe do Pentágono Lloyd Austin afirmou que se tratou de uma resposta aos ataques contra bases americanas no Iraque e na Síria, que começaram em 17 de outubro, e deixaram um empreiteiro do Pentágono morto e outros 21 levemente feridos.
Segundo a Reuters, citando fontes do Pentágono, os alvos dos ataques, realizados por caças F-16, eram armazéns com armas e munições. Os ataques, segundo Austin, não estão relacionados com o conflito palestino-israelense e não significam uma mudança na política de Washington.
Austin disse que a ordem de Biden demonstra que os EUA não tolerarão tais ataques e defenderão a si mesmos e aos seus interesses.
"Os Estados Unidos não procuram conflito e não pretendem envolver-se em novas hostilidades, mas estes ataques apoiados pelo Irã devem parar", disse ele.