Cerca de 250 caminhões cruzaram a fronteira de Rafah desde 21 de outubro, para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, de acordo com o chefe do Serviço de Informação de Estado egípcio, Diaa Rashwan. A declaração foi transmitida por canais de televisão egípcios.
Também nesta terça-feira, o braço armado do grupo palestino Hamas, as Brigadas Al-Qassam, anunciou, em discurso transmitido pela mídia árabe, que libertará vários reféns estrangeiros nos próximos dias.
Crise humanitária sem precedentes
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês), o panorama da situação humanitária em Gaza é sombrio, 24 dias depois do ataque-surpresa do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, e da resposta militar israelense ao grupo islâmico, que governa Gaza.
Dados recentes do Ministério da Saúde de Gaza apontam que mais de 8,3 mil pessoas perderam a vida — 63% delas mulheres e crianças. Quase 3,5 mil crianças foram mortas, e pelo menos 6,3 mil estão órfãs.
Em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas realizada na última segunda-feira (30), a diretora do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) Lisa Doughten declarou ser urgente a criação de uma passagem adicional para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, na medida em que a situação na região piora.
"Mais de um ponto de entrada em Gaza é indispensável se quisermos fazer a diferença. Kerem Shalom, entre Israel e Gaza, é a única passagem equipada para processar rapidamente um número suficientemente grande de caminhões", disse Doughten.