Austin e o secretário de Estado, Antony Blinken, participaram de uma audiência na Comissão de Dotações do Senado, na qual falaram sobre o pedido do presidente Joe Biden de US$ 106 bilhões (R$ 534 bilhões) para financiar planos ambiciosos para a segurança fronteiriça da Ucrânia, de Israel e dos Estados Unidos.
"Posso garantir que sem o nosso apoio [Vladimir] Putin [presidente russo] terá sucesso. Se puxarmos o tapete deles [ucranianos] agora, Putin ficará mais forte e terá sucesso em fazer o que deseja", disse Austin, segundo a Reuters.
Argumentando que apoiar os parceiros dos EUA é vital para a segurança nacional, Biden solicitou US$ 61,4 bilhões (R$ 307 bilhões) para a Ucrânia, dos quais cerca de metade seriam gastos no próprio país, para reabastecer os estoques de armas esgotados pelo apoio anterior.
O Congresso já aprovou US$ 113 bilhões (R$ 569 bilhões) para Kiev desde o começo da operação russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022. A Casa Branca disse que tem menos de US$ 5,5 bilhões (R$ 27,1 bilhões) em fundos aptos para transferência para as forças ucranianas, na forma de armas dos arsenais norte-americanos. Os republicanos, que lideram a Câmara dos Representantes, por sua vez, se opõem a novas liberações de recursos.
Austin disse que o governo Biden queria que a Ucrânia continuasse as operações durante o inverno, mas o país não poderia fazer isso se fosse forçado a fazer uma pausa devido à falta de apoio dos EUA.
Autoridades militares de Kiev disseram na segunda-feira (30) que a Rússia aumentou suas forças em torno da cidade de Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano) e mudou suas tropas da defesa para o ataque, com a Ucrânia se preparando para repelir os ataques.