Panorama internacional

Mídia: China e EUA vão discutir acordo sobre controle de armas nucleares na próxima semana

A China concordou em dialogar com os Estados Unidos sobre o controle de armas nucleares. A primeira reunião sobre o tema será realizada na próxima segunda-feira (6), em Washington, informou a imprensa norte-americana hoje (1º).
Sputnik
Essa será a primeira reunião desse tipo desde o governo de Barack Obama (2009–2017), tendo como focos maneiras de reduzir erros de cálculo, a gestão de riscos nucleares e o desenvolvimento de um quadro de controle de armas após 2026, noticiou o jornal The Wall Street Journal, citando fontes da Casa Branca.
Segundo a reportagem, no encontro as autoridades norte-americanas buscarão conhecer melhor a doutrina nuclear da China e a acumulação do seu arsenal.

EUA e Rússia: idas e vindas em acordos de desarmamento nuclear

Na última terça-feira (31), um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano informou à Sputnik que os EUA também buscam negociar com a Rússia a criação de uma nova estrutura de controle de armas atômicas após 2026.
Em fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o seu país não permitiria mais que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) inspecionassem o arsenal nuclear de seu país dentro do âmbito do Tratado Novo START, que prevê a redução de armas atômicas entre a Rússia e os EUA.
Em junho, Washington suspendeu a transmissão de informações sobre o status e a localização das armas estratégicas americanas para Moscou, também dentro do escopo do Novo START, e cancelou novos vistos emitidos a especialistas russos responsáveis por inspeções. Além disso, não fornecerá informações telemétricas sobre lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais americanos.
Panorama internacional
Relatório indica os países que mais desenvolvem suas armas nucleares em 2023
O tratado foi assinado em 2011, valendo dez anos, e prorrogado em 2021 por outros cinco, até 5 de fevereiro de 2026. Ele impõe limites aos arsenais estratégicos dos Estados Unidos e da Rússia de 700 mísseis e 1.550 ogivas nucleares.
Na quinta-feira passada (26), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que o tratado continua em vigor e que a Rússia está comprometida com o que foi acordado.
Atualmente existem nove potências nucleares no mundo. Das mais de 10 mil armas atômicas existentes, 90% pertencem à Rússia e aos Estados Unidos. Existem ainda países que albergam armas nucleares americanas no seu território.
Comentar