O texto, assinado por quatro legisladores nacionais, quatro parlamentares do Mercosul e três parlamentares regionais, questiona o acordo político entre Milei, o ex-presidente Mauricio Macri (2015–2019) e Patricia Bullrich, candidata do Juntos pela Mudança, derrotada no primeiro turno.
"Moral e ideologicamente, é o nosso limite", disseram.
"Respeitamos a decisão do candidato a presidente de firmar um acordo com o Juntos pela Mudança, mas não podemos acompanhar essa mudança de rumo apenas para fins eleitoreiros", argumentaram no documento.
Os signatários questionam o empréstimo de US$ 44 bilhões (R$ 218 bilhões) do Fundo Monetário Internacional (FMI) que o país tomou durante o governo de Macri. Segundo os deputados, este constituiu "o assentimento da maior dívida da história argentina, hipotecando as gerações futuras, mesmo aquelas que ainda não nasceram."
O assessor econômico de Milei, Carlos Rodríguez, relatou nesta semana nas redes sociais que foi bloqueado pelo restante da equipe de campanha.
"Desde que sou conselheiro nunca fui consultado sobre economia; me pedem para não aparecer nos meios de comunicação e tenho que ficar escutando opiniões estranhas dos libertários sobre preservativos furados, o Vaticano, a privatização dos oceanos e teorias [do economista ultraliberal Murray] Rothbard", desabafou Rodríguez.
O próximo turno das eleições presidenciais está previsto para o dia 19 de novembro. Embora Massa tenha vencido no primeiro tuno com 36,6% dos votos, frente a 29,9% de Milei, o candidato ultraliberal é o favorito para uma vitória no segundo turno, segundo as pesquisas eleitorais.