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PF prende milicianos alvo de traficantes que executaram médicos por engano no Rio

A Polícia Federal prendeu o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e seu pai, Dalmir Barbosa, após uma operação na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Conforme a corporação, eles são suspeitos de chefiar uma organização paramilitar em Rio das Pedras, uma das mais antigas da capital fluminense.
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Pai e filho também eram alvo de traficantes que executaram por engano três médicos, entre eles o irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), também na Barra da Tijuca. As prisões aconteceram próximo ao Parque Olímpico de Jacarepaguá.
Além deles, três homens, sendo dois policiais militares da reserva e outro da ativa, também foram presos por organização criminosa. Eles faziam a segurança particular dos milicianos.
Taillon de Alcântara já foi preso em dezembro de 2020, durante operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro.
A semelhança física do miliciano com o médico Perseu Ribeiro Almeida, que participava com os outros colegas de um congresso de medicina, levou os traficantes a dispararem contra o grupo. Um deles foi levado ao hospital e sobreviveu. Além disso, Taillon mora próximo ao quiosque onde o crime aconteceu.
Os suspeitos de participarem da execução foram mortos pela própria facção criminosa em que atuavam. Os corpos de dois deles estavam dentro de veículos na Zona Oeste do Rio.

Milícia mandou queimar 35 ônibus

Na última semana, um suspeito de ser também chefe de milícia foi baleado durante ação da Polícia Civil. Marcelo de Luna Silva, de 34 anos, popularmente conhecido como Bokinha, seria, segundo informações da polícia, um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia que atua no Rio de Janeiro.
Também na Zona Oeste da capital, a população foi aterrorizada por milicianos que mandaram queimar 35 ônibus e um trem após a morte do sobrinho de um miliciano pela polícia.
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Morte de sobrinho de miliciano causa queima de mais de 30 ônibus no Rio de Janeiro (VÍDEOS)
Um dia após o ocorrido, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, sinalizou que, no momento, uma intervenção federal não está na pauta da pasta. "Neste momento apostamos no SUSP [Sistema Único de Segurança Pública]. Apostamos no fortalecimento das relações interfederativas. Cada estado tem o seu papel. O policiamento ostensivo é responsabilidade do estado."
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