"Os EUA pediram uma explicação sobre o […] ataque a Jabalia", informou um oficial norte-americano ouvido pela mídia. Ele também enfatizou que Washington pediu a Israel que tentasse evitar baixas civis.
Segundo a publicação, o funcionário acrescentou que a Casa Branca incitou Israel a realizar ataques de precisão e proteger os civis.
Um funcionário do Pentágono revelou que, em conversas privadas, os EUA pedem aos seus parceiros que "pensem nas suas operações" e se concentrem em não prejudicar pessoas inocentes.
Ataques
Na terça-feira (31) , os militares israelenses afirmaram ter atingido o campo de Jabalia, acrescentando que a morte de civis foi uma consequência da "tragédia da guerra".
O Ministério do Interior de Gaza disse que pelo menos 400 pessoas morreram ou ficaram feridas após os ataques aéreos.
ONU repudiou
Os bombardeios a Jabalia podem constituir crimes de guerra devido ao elevado número de vítimas civis, declarou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) na quarta-feira (1º), nas redes sociais.
"Dado o elevado número de vítimas civis e [dada] a magnitude da destruição causada pelos ataques aéreos israelenses contra o campo de refugiados de Jabalia, estamos seriamente preocupados que esses sejam ataques desproporcionais, que possam constituir crimes de guerra", disse o órgão.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou, em comunicado, o assassinato de civis no ataque.
No texto, lido pelo porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, Guterres afirmou estar "horrorizado" com a escalada da violência e apelou a Israel e ao grupo palestino Hamas para que respeitassem o direito internacional.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram ter atacado o campo de Jabalia na tentativa de liquidar um chefe do Hamas.
A porta-voz do ACNUDH Ravina Shamdasani também declarou que o bloqueio da Faixa de Gaza e o bombardeio de zonas densamente povoadas são crimes de guerra.