O Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia acusou a multinacional suíça Nestlé de ser uma "patrocinadora internacional da guerra" por continuar vendendo produtos e pagando impostos na Rússia, relatou na quinta-feira (2) a agência norte-americana Bloomberg.
A designação foi projetada para causar danos à reputação das empresas, mas não traz consequências legais.
Em 2022, a Nestlé anunciou a suspensão das exportações e importações para a Rússia, com exceção de "bens essenciais e básicos para a população local", o que deu a impressão errada de que planejava ir embora, segundo Aleksandr Novikov, chefe do Gabinete Nacional Anticorrupção ucraniana. A empresa não enfrenta nenhuma sanção por permanecer na Rússia.
A Nestlé afirmou que está ao lado da Ucrânia e de seus 5.500 funcionários no país.
A multinacional, junto com outras grandes empresas ocidentais, tem sofrido pressão para se afastar do mercado russo após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022.
A Nestlé tem seis fábricas na Rússia, de acordo com seu último relatório anual, incluindo uma unidade de confeitaria. A Rússia gerou cerca de 2% de suas vendas em 2021, mas não há dados disponíveis para 2022.