Segundo a diretora de comunicações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), Juliette Touma, a escola foi "severamente atingida".
À rede de comunicação BBC, a responsável pela comunicação detalhou o ataque:
"Foi atingido o espaço do recreio, onde havia tendas para as famílias deslocadas e, depois, houve um outro impacto próximo de uma parede da escola onde havia mulheres fazendo pão", detalhou Touma.
O tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense, afirmou que as Forças de Defesa de Israel estão ainda apurando as circunstâncias. "Sabemos que houve troca de disparos e o que parece ter sido fogo sobre terroristas do Hamas dentro e em torno da área, mas não posso confirmar os detalhes".
Questionada pela estação pública britânica sobre a autoria do ataque, Juliette Touma afirmou que a UNRWA desconhece a origem dos disparos.
Secretário-geral da ONU horrorizado
Depois de bombardear até ambulâncias usadas no atendimento a feridos na Faixa de Gaza, Israel foi duramente criticado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. Conforme a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, um dos veículos foi atingido por um míssil disparado pelo Exército do país a poucos metros da entrada de um hospital.
O ataque matou 15 pessoas e feriu mais de 60, segundo a entidade. Em comunicado, Guterres disse que ficou "horrorizado" e que o conflito "deve parar". Só na Faixa de Gaza, quase 9,4 mil pessoas já morreram.
"Estou horrorizado com o ataque relatado em Gaza a um comboio de ambulâncias fora do Hospital al-Shifa. As imagens de corpos espalhados na rua fora do hospital são angustiantes", afirmou o líder das Nações Unidas.
A justificativa de Israel foi que lançou um ataque aéreo contra "uma ambulância que foi identificada pelas forças como sendo usada por uma célula terrorista do Hamas próxima à sua posição na zona de combate".