A polícia da Turquia utilizou no domingo (5) gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar uma grande manifestação pró-palestina perto da Base Aérea de Incirlik, em Adana, que também hospeda pessoal da Força Aérea dos EUA.
Manifestantes pró-Palestina tentaram invadir uma base militar dos EUA perto da cidade turca de Adana.
Manifestantes pró-Palestina tentam invadir base militar dos EUA na Turquia. Manifestantes carregavam bandeiras da Turquia e da Palestina enquanto tentavam invadir a base aérea militar Incirlik, entre os EUA e a Turquia, em Adana, no sul do país.
A ação foi realizada como parte da campanha do Comboio da Liberdade para a Palestina, iniciada pela Fundação Turca de Ajuda Humanitária (IHH, na sigla em inglês). Assim, um comboio saiu no domingo (5) de Istambul e viajou para a base de Incirlik.
Os manifestantes exigiram o fechamento da base em meio à escalada na Faixa de Gaza. A ação foi pacífica no início, segundo relatos, mas em algum momento um grupo de manifestantes começou a jogar cadeiras de plástico, pedras e outros objetos na polícia e tentou entrar na base. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água.
"Amigos, é errado jogar pedras ou fazer coisas semelhantes, porque tanto a polícia quanto os soldados gostariam de ir para Gaza e lutar, e eles irão quando chegar a hora", disse Bulent Yildirim, presidente do IHH. A organização acabou encerrando a manifestação mais cedo do que o programado devido aos confrontos com a polícia.
A ação aconteceu horas antes da chegada de Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, a Ancara, para conversações sobre o conflito em Gaza.
No dia 7 de outubro, o grupo palestino Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel a partir de Gaza, matando 1.400 e raptando cerca de 200 pessoas em comunidades israelenses vizinhas.
Israel respondeu com ataques com mísseis e um bloqueio total à Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas. Israel lançou no dia 27 de outubro uma incursão terrestre em grande escala em Gaza, com o objetivo declarado de eliminar o Hamas e resgatar os reféns. Cerca de 10.000 palestinos foram relatados como mortos no último mês.