Depois de cercar a cidade de Gaza, onde está baseado o grupo militante palestino Hamas, os militares israelenses disseram que tomaram um complexo do grupo e estavam preparados para atacar os combatentes escondidos em um labirinto complexo de túneis subterrâneos, de acordo com a Reuters.
Ao menos 23 palestinos foram mortos em dois ataques aéreos israelenses realizados separadamente na manhã desta terça-feira (7) nas cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul de Gaza, confirmaram autoridades de saúde.
Tanto Israel como o Hamas rejeitaram os crescentes apelos da comunidade internacional para a suspensão dos combates. Israel diz que os reféns deveriam ser libertados primeiro, enquanto o Hamas afirma que não os libertará nem deixará de lutar enquanto Gaza estiver sob ataque.
Diante do impasse, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que um cessar-fogo geral prejudicaria o esforço de guerra de seu país, mas interromper os combates por razões humanitárias, uma ideia apoiada pelos Estados Unidos, o principal aliado declarado de Israel em seu esforço de guerra, continuaria a ser considerada com base nas circunstâncias.
O presidente dos EUA, Joe Biden, discutiu essas pausas e possíveis libertações de reféns em um telefonema com Netanyahu na segunda-feira (6), reiterando seu apoio a Israel e ao mesmo tempo enfatizando que deve proteger os civis, disse a Casa Branca.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelando a um cessar-fogo urgente, alertou ainda na segunda-feira que Gaza está se tornando um "cemitério de crianças".
Organizações internacionais afirmaram que os hospitais não conseguem lidar com os feridos e que os alimentos e a água potável estão se esgotando e a distribuição de ajuda está longe de ser suficiente.
Ainda segundo a apuração da Reuters, os militares israelenses disseram nesta terça-feira que assumiram o controle de um reduto militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza, onde afirmaram que as forças localizaram mísseis e lançadores antitanque, armas e vários materiais de inteligência.