"Os serviços de segurança brasileiros, juntamente com o Mossad e os parceiros da comunidade de segurança israelense, bem como outras agências internacionais de segurança e de aplicação da lei, frustraram um ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah sob a direção e o financiamento do regime iraniano", afirmou o relatório.
O gabinete do primeiro-ministro, em nome do Mossad, expressou gratidão aos serviços de segurança brasileiros "pela prisão de membros de uma célula terrorista liderada pelo Hezbollah, com o objetivo de realizar ataques a alvos no Brasil associados a Israel e a judeus".
Pela manhã, a Polícia Federal (PF) brasileira deflagrou a operação antiterrorista Trapiche nos estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal, que investiga o recrutamento de brasileiros para o cometimento de atos extremistas. Duas pessoas já foram presas e foram realizados 11 mandados de busca e apreensão.
De acordo com a PF, recrutadores e recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes ocorre inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.