Segundo a polícia local, dois chamados ao 911 (número de emergência) foram recebidos, um por volta das 08h20 (10h20 no horário de Brasília) e o segundo pouco antes das 08h50 (10h50 no horário de Brasília) desta quarta-feira (9).
Ambas as ligações relataram que as portas da frente das escolas foram atingidas por balas, mas a polícia ainda não pode confirmar se há uma conexão entre os incidentes.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou os incidentes em Montreal, destacando que a violência, o ódio, o antissemitismo e eventos como os ocorridos na Universidade Concordia são inaceitáveis.
"Violência e ódio, antissemitismo e cenas como as que vimos na Universidade Concordia ou tiros disparados contra escolas judaicas durante a noite, tudo isso é inaceitável, e também não é quem somos", disse Trudeau à emissora canadense CBC.
Localização das escolas
A primeira das instituições atingidas, a escola primária Talmud Torá, em Quebec, está localizada na avenida Saint-Kevin, no bairro Côte-des-Neiges. Pelo menos uma cápsula de bala foi encontrada no local, conforme afirmou Jean-Pierre Brabant, porta-voz do Serviço de Polícia da Vila de Montreal (SPVM, na sigla em francês).
A outra escola, Yeshiva Gedola de Montreal, está situada na rua Deacon, em Outremont.
O ministro da Segurança Pública, François Bonnardel, expressou sua preocupação tanto pelos tiros quanto pela violência na Universidade Concordia. Mas ele enfatizou que as famílias devem continuar enviando seus filhos para as escolas.
Outros ataques
Entre 7 de outubro e 7 de novembro, a polícia de Montreal registrou 73 crimes e incidentes de ódio relatados contra a comunidade judaica e 25 contra a comunidade árabe-muçulmana. No ano anterior, a corporação registrou 72 crimes e incidentes de ódio contra todos os grupos.