Com isso, a energia limitada servirá apenas para os refugiados que se abrigam nas instalações da unidade de saúde. A unidade hospitalar estava funcionando, até essa quarta-feira (8), com combustível para apenas duas horas de eletricidade por dia.
''O Hospital Batista al-Quds, na cidade de Gaza, anunciou que o seu gerador principal tinha sido desligado e que utilizava um gerador menor para reduzir o consumo de combustível. Como resultado, a enfermaria cirúrgica, a unidade de geração de oxigênio e a enfermaria de ressonância magnética tiveram que fechar'', diz o informe.
O escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) acrescentou que as áreas próximas desse hospital foram bombardeadas. “Bombardeio intenso causou danos significativos ao edifício, ferimentos em pacientes e em dezenas de pessoas deslocadas internamente”, informou a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, organização humanitária que atua na Palestina.
Hospitais Al-Rantisi e Al-Nasr deixaram de funcionar
Nesta quinta-feira (9), o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, informou à imprensa sobre a situação das instalações de saúde da região, assim como o número de evacuados, deslocados e ataques de Israel.
Segundo a última atualização de Ashraf al-Qudra, realizada no maior complexo médico de Gaza, o Hospital Al-Shifa, as Forças de Defesa de Israel "intensificaram o ataque aos médicos de Gaza".
Além disso, foi anunciado que "todos os serviços do hospital infantil Al-Rantisi e do hospital Al-Nasr deixaram de funcionar por completo".
Escassez
Devido à escassez de combustível, a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino anunciou ontem (8) que o Hospital Batista al-Quds, em Gaza, reduziu o número de cirurgias para poupar energia, colocando em risco vários pacientes.
Em relato anterior, a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino já havia constatado que todas as estradas para o hospital estavam bloqueadas devido aos bombardeios israelenses, o que prejudicava a chegada de insumos básicos, combustível e até de médicos, que não tinham como viajar até as vítimas.
Agora as consequências dos ataques se transformaram em uma dificuldade concreta: a de atender minimamente os pacientes que se encontram no hospital, conforme o relato da organização na rede social X (antigo Twitter).
"Nessa quarta-feira [8], o hospital está reduzindo a maior parte de suas operações para usar racionalmente o combustível e fornecer um nível mínimo de serviços médicos", diz a nota publicada.
Na postagem, consta a informação de que o gerador principal do hospital foi desligado, assim como o sistema de oxigênio. Agora, o Hospital Batista al-Quds depende de cilindros individuais de oxigênio para os internados. Comboios com insumos médicos também foram atacados por Israel, o que é denunciado no comunicado.
A sociedade acrescenta que, diante da escassez de combustível, foi introduzido um "calendário de eletricidade", dentro do qual o hospital só faz uso de energia elétrica por duas horas ao dia.
Anteriormente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) admitiram ter atingido um edifício perto do hospital, alegando que a instalação continha membros do movimento palestino Hamas. Danos foram causados à instalação de saúde, deixando pacientes feridos.