Panorama internacional

Cúpula: Arábia Saudita diz que países islâmicos vão tomar medidas para acabar com a guerra em Gaza

Após cúpula extraordinária da Organização para Cooperação Islâmica (OCI), o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita confirmou que os países influentes vão tomar medidas para acabar com a guerra na Faixa de Gaza. Em apenas cinco semanas, o conflito já provocou a morte de mais de 11 mil palestinos, além de deixar o rastro de destruição.
Sputnik
O encontro aconteceu neste sábado (11) em Riad, capital saudita, e também reuniu membros da Liga Árabe.
Além do fim imediato dos ataques, a cúpula pede que Israel acabe com os bloqueios por terra, ar e água contra o enclave palestino e também que forneça acesso à população civil para a ajuda humanitária enviada por países árabes, islâmicos e internacionais.
Até o momento, pouco mais de 500 caminhões chegaram a Gaza pela fronteira com o Egito e, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), são necessários pelo menos 300 por dia.
O secretário-geral da OCI, Hissein Brahim Taha, destacou a solidariedade e o "apoio inabalável" demonstrado por todas as nações "ao povo palestino", e também reafirmou o compromisso conjunto com a causa central do grupo: a criação do Estado da Palestina, aprovada pela Assembleia Geral da ONU desde 1947, mas que até hoje não foi efetivada.
Taha pediu um "cessar imediato, duradouro e completo da atual agressão israelense" contra o povo palestino e a abertura de corredores humanitários para fornecer ajuda e insumos essenciais à Faixa de Gaza de maneira adequada e sustentável.
Com mais de 80% da população na extrema pobreza, a região é uma das mais vulneráveis do mundo e tem índices de desemprego acima de 45%, que também é resultado do bloqueio israelense em vigor desde 2007.
Entre os países que participaram da cúpula, estavam autoridades do Egito, Catar, Turquia, Indonésia, Nigéria e Arábia Saudita, além de representantes da Palestina.
O ministro das Relações Exteriores saudita, Faisal bin Farhan, acrescentou que as nações estão autorizadas a "iniciar ações imediatas a nível internacional em nome de todos os estados membros destas organizações para parar a guerra na Faixa de Gaza".
Outro objetivo é garantir medidas para alcançar a paz duradoura e abrangente no Oriente Médio.

Israel diz que cessar-fogo representa rendição ao Hamas

Em diversas ocasiões, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descartou qualquer possibilidade de cessar-fogo até que o Hamas seja destruído.
Para o premiê, o fim da guerra antes de alcançar esse objetivo pode representar uma rendição israelense ao movimento.
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Mídia: Netanyahu diz que Israel vai manter o controle sobre Gaza após eliminar o Hamas
Sob essa justificativa, as Forças de Defesa de Israel (FDI) não tem poupado nem hospitais, escolas, campos de refugiados e até abrigos geridos pela ONU.
Só na última sexta (10), mais de 50 pessoas morreram em um bombardeio a uma escola que era usada como abrigo pela população civil. Quase dois terços dos palestinos em Gaza já deixaram a região Norte do território por conta dos ataques, em um êxodo sem precedentes para o Sul.
Israel declarou guerra ao Hamas no dia 7 de outubro, após ataques com foguetes que driblaram o sistema de defesa e atingiram várias cidades do país judeu. Além disso, cerca de 240 pessoas foram feitas reféns e seguem sob o poder do grupo, que na mesma data também provocou a morte de 1,4 mil israelenses.
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