Operação militar especial russa

Atos na Ucrânia pedem desmobilização de militares que atuam desde o início da operação (VÍDEO)

A Ucrânia registrou neste domingo (12) manifestações em pelo menos quatro cidades do país que pedem a desmobilização de tropas militares que estão na linha de frente desde fevereiro do ano passado, quando começou a operação militar especial russa.
Sputnik
Os atos aconteceram nas cidades de Lvov, Odessa, Khmelnitsky, Krivoi Rog e Zhitomir. Essas reivindicações já aconteceram em marchas realizadas em Kiev e em vários centros regionais da Ucrânia.
"Hoje em dia, em toda a Ucrânia, há comícios de familiares dos mobilizados, que exigem rotação e que lhes seja dado descanso. Há milhares de pessoas nos comícios, com cartazes que pedem desmobilização daqueles que estão na linha de frente desde o início da guerra", diz mensagem da publicação ucraniana Strana no Telegram.
◾ Em diferentes cidades da Ucrânia, mulheres organizaram protestos contra o recrutamento forçado:
◾ Em várias localidades da Ucrânia, esposas, mães e irmãs de homens recrutados saíram em protestos gerais. Se anteriormente eram principalmente residentes rurais que saíam das trincheiras exigindo o retorno dos recrutas, agora os protestos também estão ocorrendo em grandes cidades.
Desde o dia 24 de fevereiro de 2022, está em vigor na Ucrânia um decreto assinado pelo presidente Vladimir Zelensky sobre a mobilização geral para o Exército. Com isso, segue proibida a saída do país de homens com idades entre 18 e 60 anos.

"A intimação [para o Exército] pode ser feita em diversos locais. Surgiram vídeos de como isso era feito nas ruas, nos postos de gasolina e nos cafés. Não precisa necessariamente ser apresentado por um representante dos escritórios de registro e alistamento militar na Ucrânia; isso também pode ser feito pelos chefes da empresa onde o recruta trabalha, os chefes do gabinete de habitação, representantes da comissão da casa e outros funcionários", enfatiza a publicação.

Falta de munições e tropas

As Forças Armadas da Ucrânia já perderam mais de 90 mil soldados, entre mortos e feridos, durante a operação militar especial russa. Isso também é um dos motivos da não liberação de muitos militares sequer para descanso desde fevereiro do ano passado.
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Além disso, os soldados ucranianos se queixam de que não têm munições nem pessoal suficientes, razão pela qual são obrigados a enviar tripulações de veículos blindados e operadores de drones para posições avançadas, noticiou a mídia norte-americana.
"Eles não têm munição e pessoal, então tripulações de veículos blindados e operadores de drones às vezes são enviados para posições avançadas", disse o The Wall Street Journal citando um soldado da 47ª brigada mecanizada das Forças Armadas da Ucrânia.
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