Os atos aconteceram nas cidades de Lvov, Odessa, Khmelnitsky, Krivoi Rog e Zhitomir. Essas reivindicações já aconteceram em marchas realizadas em Kiev e em vários centros regionais da Ucrânia.
"Hoje em dia, em toda a Ucrânia, há comícios de familiares dos mobilizados, que exigem rotação e que lhes seja dado descanso. Há milhares de pessoas nos comícios, com cartazes que pedem desmobilização daqueles que estão na linha de frente desde o início da guerra", diz mensagem da publicação ucraniana Strana no Telegram.
◾ Em diferentes cidades da Ucrânia, mulheres organizaram protestos contra o recrutamento forçado:
◾ Em várias localidades da Ucrânia, esposas, mães e irmãs de homens recrutados saíram em protestos gerais. Se anteriormente eram principalmente residentes rurais que saíam das trincheiras exigindo o retorno dos recrutas, agora os protestos também estão ocorrendo em grandes cidades.
Desde o dia 24 de fevereiro de 2022, está em vigor na Ucrânia um decreto assinado pelo presidente Vladimir Zelensky sobre a mobilização geral para o Exército. Com isso, segue proibida a saída do país de homens com idades entre 18 e 60 anos.
"A intimação [para o Exército] pode ser feita em diversos locais. Surgiram vídeos de como isso era feito nas ruas, nos postos de gasolina e nos cafés. Não precisa necessariamente ser apresentado por um representante dos escritórios de registro e alistamento militar na Ucrânia; isso também pode ser feito pelos chefes da empresa onde o recruta trabalha, os chefes do gabinete de habitação, representantes da comissão da casa e outros funcionários", enfatiza a publicação.
Falta de munições e tropas
As Forças Armadas da Ucrânia já perderam mais de 90 mil soldados, entre mortos e feridos, durante a operação militar especial russa. Isso também é um dos motivos da não liberação de muitos militares sequer para descanso desde fevereiro do ano passado.
Além disso, os soldados ucranianos se queixam de que não têm munições nem pessoal suficientes, razão pela qual são obrigados a enviar tripulações de veículos blindados e operadores de drones para posições avançadas, noticiou a mídia norte-americana.
"Eles não têm munição e pessoal, então tripulações de veículos blindados e operadores de drones às vezes são enviados para posições avançadas", disse o The Wall Street Journal citando um soldado da 47ª brigada mecanizada das Forças Armadas da Ucrânia.