A professora observou que apesar de a Rússia se encontrar "flanqueada a oeste, norte e leste" pela OTAN, o país firma sua "primazia geoestratégica no Ártico, combinando a sua imensa força militar com o controle da crescente atividade comercial na Rota Marítima do Norte".
Ao mesmo tempo, a China investiu bilhões de dólares em projetos russos de extração de minerais e combustíveis fósseis no Ártico, desempenhando um papel cada vez maior na região.
De acordo com a analista, Pequim, que tem suas próprias "ambições árticas", está cooperando com Moscou para criar a Nova Rota da Seda no marco da iniciativa do Cinturão e Rota de Xi Jinping.
Com isso, Pequim busca estimular o fluxo do comércio e investimentos a nível global, mediante a criação dos trajetos comerciais, um marítimo e outro terrestre, que unirão o gigante asiático com a Europa, África e América Latina.
A professora observa que, geograficamente, a Rússia tem as rédeas do poder, enquanto a China controla os fluxos financeiros.
A Rússia fornece permissões às embarcações estrangeiras para viajar ao longo da Rota Marítima do Norte e assistência na construção de quebra-gelos nucleares, administrando seus portos no Ártico, enquanto a empresa chinesa Torgmoll presta serviços de transporte costeiro na região.
Segundo a mídia, as águas do norte são um "ambiente marítimo disputado" em nível comercial, político e militar, e, consequentemente, a presença da China e da Rússia no mar Báltico faz soar o alarme entre os aliados da OTAN.