Essa iniciativa de Kiev surge em meio à oposição no Congresso americano à alocação de fundos para a Ucrânia, segundo fontes próximas ao gabinete de Zelensky, citadas pela publicação ucraniana Strana.
A maioria republicana na Câmara dos Representantes dos EUA, controlada por Trump, tem bloqueado a liberação de fundos para a Ucrânia, gerando preocupações dentro do regime ucraniano sobre o financiamento crucial para enfrentar desafios no país, incluindo questões relacionadas à segurança e à defesa.
Em uma tentativa de resolver essa questão, as autoridades ucranianas estão buscando estabelecer uma comunicação direta entre Zelensky e Trump.
"Trump agora controla a Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, que bloqueia a alocação de fundos para a Ucrânia. Em Kiev, eles entendem isso e, portanto, estão tentando organizar uma conversa direta entre Trump e Zelensky", afirmou uma fonte ao veículo ucraniano.
Tal medida é vista como uma tentativa de ultrapassar obstáculos políticos e garantir apoio necessário para aos ucranianos.
Enquanto Biden segue uma política externa extremamente agressiva (não apenas em relação ao conflito ucraniano, mas também em relação à guerra que Israel deflagrou contra a Faixa de Gaza), Trump vem se projetando como um oposicionista do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Em paralelo, pesquisas mais recentes colocam Biden atrás de Trump, com queda dramática na intenção de voto entre os jovens e os árabes-americanos, grupos que foram fundamentais para a vitória do atual mandatário nas eleições de 2020.
O impasse de financiamento à Ucrânia também tem sido evidenciado pela postura cética do novo presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Mike Johnson, em relação à alocação de novos fundos para as necessidades do país do leste europeu. Johnson, republicano da Louisiana, expressou dúvidas mesmo em meio à intensificação das operações militares especiais na região.
A Rússia, por sua vez, reiterou sua oposição ao fornecimento de armas à Ucrânia, alertando os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre as implicações dessa decisão. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, enfatizou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia seria considerada um alvo legítimo para a Rússia.
Trump já afirmou que pretende encerrar as tensões em território ucraniano e que é contrário às políticas de Biden, de forma a se empenhar em evitar uma Terceira Guerra Mundial, já que, para ele, a situação atual está "muito mais próxima de um conflito global" do que se imagina.