Nesta quarta-feira (15), a OTAN informou que substituirá sua antiga frota de aviões de vigilância AWACS por uma versão militarizada do jato comercial Boeing 737 em um provável acordo bilionário.
Agradecemos a confiança da NSPA [Agência de Apoio e Aquisições da OTAN] e das nações participantes da OTAN nas capacidades comprovadas e nos benefícios de interoperabilidade da aeronave E-7. Estamos prontos para apoiar esta venda militar estrangeira e fornecer esta capacidade excepcional que aumentará a prontidão da OTAN.
Para substituir os antigos jatos AWACS, a aliança militar pretende adquirir seis aviões E-7A Wedgetail, com o contrato a ser assinado em 2024 e o primeiro jato pronto para serviço operacional até 2031, escreve a Reuters.
No entanto, a aliança não especificou por que optou por substituir a sua frota de 14 aviões AWACS por apenas seis jatos Wedgetail, mas disse que as novas aeronaves teriam melhores capacidades e seriam mais caras que os seus antecessores.
"As aeronaves de vigilância e controle são cruciais para a defesa coletiva da OTAN e saúdo o compromisso dos aliados em investir em capacidades de ponta. Este investimento em tecnologia de ponta mostra a força da cooperação transatlântica em defesa à medida que continuamos a adaptar-nos a um mundo mais instável", afirmou o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, citado pela mídia.
Com seu radar rotativo, o Boeing 737 modificado pode detectar aeronaves a uma distância de mais de 400 quilômetros. Ao mesmo tempo, são capazes de monitorar uma área de cerca de 300 mil quilômetros quadrados (um território do tamanho da Polônia, por exemplo) e também podem detectar alvos terrestres, como navios.
A frota AWACS da OTAN se encontra na Base Aérea de Geilenkirchen, na Alemanha, e tem sido amplamente utilizada para missões de vigilância ao longo do flanco oriental da aliança.