O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, denunciou nesta quarta-feira (15) os Estados Unidos e o Reino Unido por emitirem alertas de segurança adversos aos seus cidadãos em Uganda, acusando ambos os países de criarem e conservarem a insegurança na África.
"Ouvi dizer que os norte-americanos e britânicos em pânico enviaram o que chamam de avisos aos seus cidadãos para não virem para Uganda. Estes são os que cometem erros. Se a situação fosse tão má, caberia a nós aconselharmos as pessoas a não virem para Uganda; não os britânicos e os norte-americanos. Sabemos o que estamos fazendo, sempre. Mesmo que ocorra um erro, sabemos como lidar com isso", disse Museveni citado pela Uganda Radio Network.
Na semana passada, Washington e Londres emitiram avisos de viagem instando os seus cidadãos a não viajarem para a cidade de Jinja, no leste de Uganda, para participarem de um festival cultural que foi realizado no fim de semana, com o Reino Unido citando o assassinato de turistas e o risco de ameaças contra estrangeiros.
"Estes avisos de alguns destes atores são outra forma de interferência nos nossos assuntos internos por parte destes elementos. Além disso, parte do terrorismo na África é criado ou conservado por alguns dos atores que tentam ser polícias globais", complementou Museveni citado pela agência Reuters.