O ataque militar israelense ao hospital Al-Shifa de Gaza, na terça-feira (14), ganhou apoio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o qual disse ontem (15) que a utilização das instalações pelo grupo palestino constituía um "crime de guerra".
Biden afirmou que foi comprovado que o Hamas tem quartel-general e armas abaixo do hospital – e possivelmente outros hospitais – acrescentando que Tel Aviv estava assumindo riscos ao operar em torno do centro médico, mas "uma coisa foi estabelecida: o Hamas tem sede, armas, material abaixo deste hospital e, suspeito, de outros", declarou o presidente citado pelo jornal The Times of Israel.
Ao mesmo tempo, o líder norte-americano disse, em entrevista a repórteres após seu encontro com o líder chinês Xi Jinping, que o Hamas planeja um novo ataque aos israelenses.
"Eles planejam fazer a mesma coisa novamente […] como fizeram no dia 7 […] eles querem massacrar israelenses. Eles querem fazer isso de novo e disseram isso em voz alta. Eles nem estão brincando sobre isso, eles não estão recuando. E então, eu apenas fiz a pergunta retórica: 'Eu me pergunto o que faríamos se fosse esse o caso?'", indagou Biden citado pela mídia.
O Hamas responsabilizou Biden e Tel Aviv como responsáveis pelo ataque ao centro médico: "Consideramos a ocupação [Israel] e o presidente Biden totalmente responsáveis pelo ataque ao complexo médico Al-Shifa", afirmou o grupo conforme noticiado.
No sábado (11) antes do ataque, a unidade hospitalar sofreu queda total de energia, depois que o último gerador em funcionamento foi destruído por intenso bombardeio. Dezenas de pacientes morreram no local, incluindo bebês prematuros.
De acordo com as autoridades palestinas, o Al-Shifa abrigava mais de 20 mil pessoas, incluindo deslocados, equipe médica e feridos, antes da operação.
Nesta quinta-feira (16), o governo israelense comunicou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) passaram a controlar o porto da Faixa de Gaza, após as FDI terem matado dez militantes, limparem os edifícios circundantes e desmantelarem dez poços de túneis.
As FDI disseram também ter destruído outras infraestruturas militares no pequeno porto e acusaram o Hamas de usar o local para treinos e ataques a Israel, relata NBC News.