"Acabo de convocar o embaixador israelense em Madri para dar explicações sobre as acusações inaceitáveis e falsas que o governo de Israel levantou contra o presidente do governo e o primeiro-ministro belga", disse o chanceler espanhol.
A declaração foi uma resposta ao Ministério das Relações Exteriores de Israel, que mais cedo convocou os embaixadores da Espanha e da Bélgica em Tel Aviv pelas declarações do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, e do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, no Egito, que ele chamou de apoio ao terrorismo.
De Croo e Sánchez visitaram a passagem fronteiriça de Rafah, situada entre o Egito e a Faixa de Gaza, e fizeram declaração conjunta, apelando para um cessar-fogo permanente no enclave palestino.
Na véspera, De Croo e Sánchez mantiveram reuniões em Israel com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente, Isaac Herzog. Em seguida, os dois líderes dirigiram-se para a Cisjordânia, onde se encontraram com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Trégua com data marcada
A trégua humanitária de quatro dias negociada entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o movimento palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, entrou em vigor nesta sexta-feira (24), após semanas de hostilidades.
O acordo de trégua, acordado com a mediação do Catar, estipula a libertação de 50 reféns israelenses, na sua maioria mulheres e crianças, em troca de 150 prisioneiros palestinos e a entrada de ajuda humanitária, material médico e combustível para a Faixa de Gaza.
Segundo o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, Israel irá expandir as suas operações na Faixa de Gaza depois de terminar a trégua temporária com o movimento palestino Hamas.
A nova escalada do conflito palestino-israelense, desencadeada com o ataque surpresa lançado pelo Hamas em 7 de outubro, causou até o momento cerca de 1.200 mortes e quase 5.500 feridos em Israel e mais de 14.800 mortes e cerca de 36.000 feridos em Gaza, segundo o dados oficiais mais recentes.