"Será declarado agora o estado de emergência relacionado ao Orçamento do Estado. De fato, isto nada mais é do que uma emergência governamental", disse Söder antes de uma reunião de membros do União Social Cristã (CSU) em Nuremberg, segundo o jornal alemão Welt.
Söder é líder do CSU, partido que faz coligação com o União Democrata-Cristã (CDU), sigla de Angela Merkel durante sua estadia como chanceler do país germânico nos anos de 2005 a 2021.
As despesas adicionais do orçamento do Estado alemão foram congeladas pelo Ministério das Finanças do país. A decisão foi tomada segundo uma decisão das cortes do país, que declararam ilegal a realocação do governo de 60 bilhões (R$ 322 bilhões) não utilizados nos orçamentos anteriores.
A decisão do tribunal se baseia em uma regra de teto de dívida, que não permite que o orçamento da dívida do Estado aumente além de uma certa proporção.
Essa medida irá afetar o orçamento de vários ministérios do país, incluindo medidas governamentais para manter os preços de energia sob controle através do Fundo de Estabilização Econômica (FSM). Na última sexta-feira (24), o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, anunciou que os subsídios cessarão a partir de janeiro de 2024.
Para Söder, a emergência não é apenas orçamentária, mas governamental. Para ele, a coligação governante não só não tem um plano, como também não tem um líder. "Este governo se afundou no chão", disse o líder político.
O político sublinhou ainda que a ideia de simplesmente conter os preços da eletricidade não se justifica; é necessária uma revisão da política energética no seu conjunto. Além disso, considera importante reiniciar a operação das centrais nucleares alemãs.