Segundo as Brigadas Ezzedine al-Qassam, Israel ainda não permitiu a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza e não cumpriu com os critérios de libertação dos palestinos presos em prisões israelenses.
"As Brigadas Al-Qassam decidiram adiar a libertação do segundo grupo de reféns até que o lado da ocupação [Israel] cumpra os termos do acordo relativo à entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza e cumpra os requisitos acordados para libertação de prisioneiros", disse a organização em comunicado no seu canal Telegram.
Mais cedo, Qadura Fares, chefe da comissão palestina para assuntos de detidos já havia adiantado que Israel não estava levando em consideração o tempo gasto sob custódia ao determinar a ordem de libertação dos prisioneiros palestinos.
Na sexta-feira (24), a Sputnik reportou que Israel libertou 39 prisioneiros palestinos, incluindo 24 mulheres, como parte do acordo de troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas.
Israel ameaça retomar operações em Gaza
Em resposta ao anúncio do Hamas sobre o adiamento da troca de reféns, a mídia israelense reportou que o governo deve retomar as operações em Gaza.
Segundo o Canal 12, citando fontes do governo, as Brigadas Al-Qassam tem até meia-noite para libertar os reféns israelenses. Segundo a fonte do canal, todas as alegações do Hamas de que Israel supostamente violou o acordo "são falsas".
Em entrevista ao canal Sky News Arabia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Ben-Dor, afirmou que "Israel não violou nenhum dos termos do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza".